A artrose do joelho ou gonartrose corresponde ao desgaste da cartilagem que reveste a articulação do joelho.
Na maioria dos casos, esta patologia deve-se ao processo de envelhecimento e degradação progressiva da cartilagem. Este desgaste pode ser acelerado, por exemplo, no contexto de fraturas, artrites inflamatórias ou deformidades do membro.
A dor é o sintoma mais frequente e limitante nesta doença. A gonartrose pode condicionar também a limitação da mobilidade ou inchaço do joelho. Alguns doentes têm a sensação de que o joelho se desloca ou de corpo estranho dentro da articulação.
Além da caracterização dos sintomas mais frequentes, o exame clínico dirigido e detalhado é fundamental. Identificar a localização exata da dor permite perceber qual a zona do joelho mais desgastada. Deve ser também avaliada a presença de deformidades do joelho e a tensão/integridade dos ligamentos. A radiografia, por norma, é suficiente para diagnosticar uma artrose grave. Em casos ligeiros ou moderados, pode ser necessário realizar uma ressonância magnética para melhor quantificar o desgaste e a sua localização exata.
O tratamento depende essencialmente do grau de desgaste. Os casos de artrose ligeira a moderada podem ser tratados com protetores da cartilagem (glucosamina e condroitina) e fisioterapia. A viscossuplementação (infiltração com ácido hialurónico) ou as infiltrações com factores de crescimento podem ser uma ferramenta útil na gestão destes casos. Nos casos em que exista deformidade associada, a correção cirúrgica pode interromper ou atrasar, e em alguns casos até reverter, o processo artrósico em curso. Nos casos graves, a artroplastia (prótese) é a solução mais consensual e com resultados mais previsíveis, sendo a única opção que permite um alívio das queixas a longo prazo. A articulação do joelho divide-se em três compartimentos. O do lado de dentro (medial) o do lado de fora (lateral) e o da rótula. Dependendo da extensão da artrose, podemos optar por uma prótese total ou prótese que substitui apenas o compartimento afetado. Na prótese unicompartimental, apenas o compartimento afetado é substituído, mantendo toda a biomecânica original do joelho, que confere uma sensação mais natural após a cirurgia e uma recuperação mais rápida e menos dolorosa. Nos casos em que o desgaste já se estende a vários os compartimentos do joelho, é necessária a colocação de uma prótese total.